quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Qual A função da avaliação na sociedade atual?

         Acredita-se que a função da avaliação na sociedade atual é de garantir o sucesso, em relação à aprendizagem e desenvolvimento pessoal. 
       A seguir será apresentada a avaliação diagnóstica, formativa e somativa, onde suas funções são de observar, acompanhar e medir, respectivamente; vale ressaltar que elas não se anulam, e sim, se complementam. 
         Quando se propõe uma avaliação os objetivos que se pretende alcançar já foram pensados e a avaliação será utilizada como uma ferramenta para expor se tais objetivos foram alcançados ou não. A estrutura avaliativa, nos dias de hoje, ocorre do seguinte modo: Inicia-se pela avaliação diagnóstica, ela é comumente usada para identificar os conhecimentos prévios dos sujeitos avaliados. Posteriormente, a avaliação formativa contribui para a assimilação ou retificação de novas aprendizagens, possibilitando o professor gerir e organizar situações didáticas de aprendizado. Finalmente, a avaliação somativa é o instrumento utilizado para informar ao avaliador o grau de rentabilidade do aluno.  Para complementar o estudo:






        

         Avaliar é o ato de investigar, de produzir conhecimento e analisar qual é a realidade da qualidade. A avaliação precisa ser praticada com o rigor da metodologia científica, para não ser somente subjetividade. 
         Do ponto de vista pedagógico, a avaliação é como subsidiária do sucesso, garante que se chegue ao resultado desejado, ela é um recurso que propicia aos educadores investir na equalização social; ela democratiza a sociedade quando possibilita que todos aprendam tudo que é necessário. Portanto, a prática de avaliação tem eficiência pedagógica e consequências políticas revolucionárias e fundamentais para o desenvolvimento da sociedade e de seus sujeitos, como um todo.


Avaliação diagnóstica: “corresponde quer ao momento de avaliação inicial (início do ano letivo, trimestre, unidades letivas…) quer ao momento de avaliação pontual, consistindo no levantamento de conhecimentos dos alunos considerados pré-requisitos, para abordar determinados conteúdos (…) Pela sua natureza, os dados assim recolhidos não devem nunca contar para a progressão do alunos, mas apenas servir de indicador para o professor” (Pacheco, 1994, p.75).

A avaliação formativa: “sendo parte integrante do processo avaliativo, determina, em termos qualitativos, o progresso da aprendizagem e fornece feedback para a sua regulação” (Bloom, Scriven, Albrecht & Gimeno, citados por Pacheco, 1994, p.75).

Avaliação Sumativa: “a avaliação sumativa corresponde, pois, a um balanço final, a uma visão de conjunto relativamente a um todo sobre que, até aí, só tinham sido feitos balanços parcelares.” (Ribeiro, 1999, p.89).

                                                                                                                              

Pacheco, J. A. (1994) A Avaliação dos alunos na perspectiva da reforma. Proposta de trabalho. Porto: Porto Editora.
Ribeiro, L. C. (1999) A Avaliação da aprendizagem. Educação Hoje. Lisboa: Texto Editora.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Currículo e avaliação

          O currículo é um caminho percorrido ou a ser percorrido, tendo a possibilidade de ensinar aquilo que já existe ou, a partir do currículo, criar novos conceitos. Para tanto, é preciso refletir sobre o que será ensinado e qual o perfil de indivíduo que se quer gerar a partir de tal ensino. entender as teorias do currículo facilita na compreensão de que o currículo é polissêmico.

          Temos três teorias: tradicional, crítica e pós-crítica para estudar e nos aprofundar. As teorias tradicionais, normalmente de natureza liberal, preocupam-se com o fazer educação através da transmissão de conteúdos integrando: ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, planejamento e eficiência, com foco no professor e na necessidade do mercado (fordismo), fazendo com que seja cobrado do aluno a memorização dos conteúdos. Já nas teorias críticas, com base no marxismo, busca-se aflorar nos alunos dúvidas e insatisfações (por conta da luta de classe, contra a sociedade moderna), portanto, integrando tanto à prática escolar, quanto ao currículo, temos: a ideologia, a crítica da reprodução cultural e social, trazendo para a escola os problemas sociais em busca da emancipação do indivíduo através da educação e libertação a partir do conhecimento que o mesmo adquiri. Finalmente, nas teorias pós-crítica percebe-se o indivíduo e os grupos sociais, em busca da efetivação dos direitos; para isso, tais teorias incluem no currículo: identidade, alteridade como uma capacidade, reconhecimento das diferenças, saber e poder estão ligados, acesso à cultura e valores, o multiculturalismo,sendo que todos esses fatores são acrescidos ao currículo em busca da subjetividade.


          Portanto, o currículo possui uma natureza epistemológica-social, pois temos no currículo questões de conteúdos relevantes e aspectos político também. Ele é um projeto flexível.

          O currículo está ligado à avaliação, pois a prática pedagógica só possui sentido quando inserida em uma prática curricular. O currículo é polissêmico, pois é socialmente produzido, com base histórica para tanto e reflete os posicionamentos dos espaços de produção. A visão que se tem de currículo se reflete na escola que faz, ou que se pretende fazer.


          A subjetividade do currículo é fundamental, faz-se necessário respeitar o currículo oculto, a particularidade de cada indivíduo, mesmo compreendendo que o currículo é um conjunto de normas, atitudes e programas. Dependendo do contexto no qual ele está inserido, deve ser construído pelos próprios alunos; por isso definir não convém, e sim precisamos compreendê-lo como um projeto virado para o futuro, que não é definido ou determinado; neste contexto, o currículo é uma intenção.


 "O currículo é uma fonte de conhecimento entre as gerações." (Madaleine Grumet)     
       
          Após essa exposição, surge um questionamento: Quais são os fundamentos, dilemas e desafios da avaliação na organização curricular?